HUMANISMO VITAL

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HUMANISMO VITAL
Francisco Silva Cavalcante Junior, André Feitosa de Sousa e Yuri de Nóbrega Sales
Editora CRV- Curitiba/2013


Humanismo Vital é o sobrenome de uma visada, ou de uma viragem, ou ainda de uma rasgada, surgida quando essa Psicologia Humanista de Carl Rogers, nos arredores mesmo do século XXI, fecunda a si mesma gerando a vitalidade de um movimento criativo.

O Humanismo Vital não é uma proposta ou uma proposição, mas uma desarticulação-fundamentada que abre espaço à emergência de um inesperado formativo.

Desta forma, a composição literária e pluralista deste livro, com seus nove capítulos e prefácio, são parte do exercício de amadurecer os conceitos e as práticas primordiais da Abordagem Centrada na Pessoa – nas suas facetas da clínica, da presença, da tendência formativa, por exemplo – inserindo-os ao largo do seu habitat costumeiro, sem perder a singularidade de suas origens.

Trata-se de uma problematização que faz intumescer o que é próprio desta Abordagem, agora, nas cercanias do estrangeiro, na zona limítrofe de um campo experiencial além do qual tudo é vertigem, abismo ou esperança. As partículas de ideias e travessias formativas apresentadas pelos autores estão abrigadas na aposta primeira dessa ACP, um jeito radicalmente concentrado na possibilidade, na abertura e no encontro, deslocando-se da experiência para novas molduras conceituais e diferentes paisagens sócio-históricas.

É uma experiência vital sem subscrever-se às correntes do vitalismo e também humanista sem prender-se ao antropocentrismo e ao universalismo característicos de algumas perspectivas. Constitui-se, portanto, uma provocação de ultra vires: viril e viral, vacilante e visceral, vã e vasta, vivaz e vagarosa, vigorosa e voluptuosa em vapor de uma voz alta…

Esse é um Humanismo feito para trincar o óbvio – humanismo vil(ão) e vital, por assim dizer: uma experiência aionofágica que dilacera o mormaço das carnes. Essa é a Trinca de Humanistas: do ultra vires humano – que tangencia à porosidade em devires.