
DE PESSOA PARA PESSOA: O PROBLEMA DE SER HUMANO
Carl R. Rogers & Barry Stevens
Pioneira- São Paulo/1967
Seria este um livro inacabado? Um livro que cada leitor deverá reescrever para si próprio com a sua experiência?
Deixemos que os próprios autores o descrevam:
No dizer de BARRY STEVENS: “é simples a apresentação do tema principal do livro: a importância de escolhermos sozinhos, sem levar em conta o que alguém nos diga, o que é bom ou mau. Minha opinião sobre a dificuldade para isso está resumida em Quem Abre as Cortinas.
A única pessoa com a qual o mundo parece decidido a não me deixar viver sou eu.”
De acordo com CARL R. ROGERS: “este é um livro estranho, construído em torno de sete artigos que partem de uma suposição pouco usual na psicologia atual.
A suposição é que o ser humano subjetivo tem uma importância e um valor fundamental: qualquer que seja o nome ou o valor que lhe atribuam
é, antes de tudo, e mais profundamente, uma pessoa humana.
Não é apenas uma máquina, nem só uma coleção de cadeias de estímulo e resposta, nem um objeto, ou uma peça de jogo.
Portanto, embora os artigos tratem de uma série de questões e, pelo menos em três casos, de indivíduos denominados ‘anormais’, fundamentalmente todos se referem a pessoas”.
BARRY STEVENS considera cada um destes artigos como uma espécie de oásis na literatura especializada atual e integrou carinhosamente cada um deles num contexto composto por suas associações pessoais ao tema do autor.
Não são comentários sobre o artigo. Nem uma resenha. São sentimentos e pensamentos extremamente pessoais desencadeados pelo artigo.
Tudo se passa como se um amigo contasse suas numerosas reações em relação a alguma coisa que leu.
Você ficaria estimulado a ler a mesma coisa, para ver o que você conseguiria tirar dali. Isso parece um método natural, mas certamente não é convencional.
Ficará evidente que os artigos atraíram uma pessoa, BARRY STEVENS, e que suas reações – às vezes comoventes, às vezes críticas, às vezes profundas formam a ligação entre os temas.
Se o leitor sentir “Este livro me ajudou a me compreender um pouco melhor, por isso agora compreendo o outro um pouquinho melhor, e até certo ponto fiquei um pouco menos frustrado por nós dois”, a esperança dos autores ter-se-á realizado e a função social da Editora também.
